Redes Informáticas e Cibersegurança: Construindo um Ambiente Digital Seguro

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Redação Tokio School | 27/05/2025

Num mundo hiperconectado, onde dados valem ouro e ameaças digitais surgem a cada minuto, a segurança das redes informáticas tornou-se a muralha essencial para proteger informações críticas. Seja numa startup ou numa multinacional, garantir que os sistemas estão protegidos já não é apenas uma preocupação técnica — é uma questão de sobrevivência no mercado.

Mas afinal, como funcionam as redes que sustentam o nosso dia a dia digital? Que riscos enfrentam e, mais importante, como podemos fortalecê-las contra ataques cada vez mais sofisticados? Este artigo investiga a fundo o universo das redes informáticas e da cibersegurança, desvendando desde conceitos fundamentais até estratégias avançadas de proteção.

Por Que Redes Seguras São o Alicerce da Transformação Digital?

Vivemos na era da informação, onde dados circulam globalmente em milissegundos. Empresas dependem de redes para operar, governos para proteger informações sensíveis e utilizadores para comunicar. No entanto, esta conectividade sem precedentes trouxe consigo vulnerabilidades críticas.

Segundo o Relatório Anual de Cibersegurança da ENISA, em 2023 registou-se um aumento de 58% nos ciberataques a nível global, com prejuízos superiores a 8 mil milhões de dólares. Muitas destas brechas começam em falhas básicas nas redes: configurações mal ajustadas, equipamentos desatualizados ou falta de monitorização contínua.

A cibersegurança já não é um tópico exclusivo de departamentos de TI. É uma responsabilidade partilhada por todos os elementos de uma organização. E, para construir defesas eficazes, é essencial entender primeiro como funcionam as redes que sustentam o mundo digital.

O Que São Redes Informáticas e Como Funcionam?

gestor de redes informaticas

Uma rede informática é um sistema interligado de dispositivos (computadores, servidores, routers, switches) que permite a troca de dados e recursos. Pode ser tão simples como dois computadores ligados numa pequena empresa ou tão complexa como a infraestrutura global da Internet.

O princípio básico é a comunicação eficiente. Quando envias um email, acedes a um website ou partilhas um ficheiro na cloud, estás a utilizar uma rede. Mas para que esta troca aconteça de forma segura, vários componentes trabalham em conjunto:

  • Endpoints (dispositivos finais como PCs e smartphones)
  • Dispositivos de rede (routers, switches, firewalls)
  • Meios de transmissão (cabos Ethernet, fibra ótica, sinais Wi-Fi)
  • Protocolos de comunicação (TCP/IP, HTTP, HTTPS)

Tipos de Redes: Das LANs às WANs

Dependendo da abrangência e utilização, as redes classificam-se em vários tipos:

1. LAN (Local Area Network)

  • Cobre uma área pequena, como um escritório ou casa.
  • Alta velocidade de transmissão (até 10 Gbps em redes modernas).

Exemplo: Todos os computadores de uma empresa ligados ao mesmo servidor.

2. WAN (Wide Area Network)

  • Liga redes em grandes distâncias, como filiais de uma empresa em diferentes países.
  • Utiliza ligações dedicadas ou a Internet.

Exemplo: Uma multinacional com escritórios em Lisboa, Berlim e Tóquio.

3. WLAN (Wireless LAN)

  • Rede local sem fios, como Wi-Fi doméstico ou empresarial.
  • Requer encriptação forte (WPA3) para evitar intrusões.

4. VPN (Virtual Private Network)

  • Cria um túnel seguro para acesso remoto a redes internas.
  • Fundamental para teletrabalho e proteção de dados em trânsito.

Componentes Críticos de uma Rede Segura

Para além dos dispositivos finais, uma infraestrutura robusta depende de:

Routers

  • Direcionam o tráfego entre redes (ex: ligar uma LAN à Internet).
  • Devem ter firewalls integrados e políticas de acesso restritivas.

Switches

  • Conectam dispositivos dentro da mesma rede.
  • Switches geridos permitem VLANs (segmentação de redes para maior segurança).

Firewalls

  • Filtram tráfego indesejado e bloqueiam acessos suspeitos.
  • Podem ser hardware (dispositivos dedicados) ou software (aplicações).

Servidores

  • Armazenam dados críticos e gerem serviços (email, cloud, bases de dados).
  • Devem estar em ambientes fisicamente seguros e com redundância.

Uma rede mal configurada, com equipamentos desatualizados ou sem monitorização, é como uma casa com as janelas abertas. E é aqui que entram as ameaças.

Principais Ameaças à Segurança das Redes

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1. Malware e Ransomware: O Inimigo Silencioso

Malware (software malicioso) inclui vírus, worms, trojans e ransomware. Este último tornou-se uma das maiores ameaças, encriptando dados e exigindo resgates em criptomoedas.

  • Caso real: Em 2021, o ataque ransomware ao sistema de saúde irlandês (HSE) paralisou hospitais durante semanas, com custos de recuperação superiores a 100 milhões de euros.
  • Como se propaga? Através de emails fraudulentos, downloads maliciosos ou falhas em softwares desatualizados.

2. Phishing e Engenharia Social: A Arte do Engano

Não é preciso ser um hacker experiente para roubar credenciais. Basta um email convincente:

  • Exemplo: Um colaborador recebe uma mensagem aparentemente do departamento de RH a pedir para “atualizar os dados bancários”. O link leva a um site falso que captura a password.
  • Dados preocupantes: 83% das empresas portuguesas reportaram tentativas de phishing em 2023 (Relatório Ciber da Check Point).

3. Ataques DDoS: A Sobrecarga Planeada

Um ataque Distributed Denial of Service (DDoS) inunda servidores com tráfego falso, derrubando serviços essenciais.

  • Alvo comum: Bancos, plataformas de e-commerce e serviços governamentais.
  • Solução: Utilização de serviços de mitigação como Cloudflare ou AWS Shield.

4. Acessos Não Autorizados: Quando a Porta Está Aberta

Muitas invasões acontecem por:

  • Passwords fracas (ex: “123456” ou “password”).
  • Dispositivos IoT vulneráveis (câmaras de segurança, impressoras conectadas).
  • Configurações padrão não alteradas (ex: routers com credenciais de fábrica).

O caso da violação de dados da EasyJet em 2020, que expôs 9 milhões de clientes, começou com uma falha num sistema de acesso remoto.

Boas Práticas para uma Rede Impenetrável

1. Segmentação de Redes: Dividir para Proteger

Em vez de uma rede única, criar VLANs separadas para:

  • Departamentos financeiros
  • Dispositivos IoT
  • Convidados

Assim, se um setor for comprometido, o ataque não se espalha.

Artigos relacionados:

2. Firewalls de Última Geração (NGFW) e IDS/IPS

  • NGFW analisam tráfego em profundidade, bloqueando ameaças avançadas.
  • IDS (Sistema de Deteção de Intrusões) alerta sobre atividades suspeitas.
  • IPS (Sistema de Prevenção de Intrusões) bloqueia automaticamente ataques.

3. Atualizações e Gestão de Vulnerabilidades

  • Patch Management: Aplicar correções críticas assim que lançadas (ex: falhas Zero-Day).
  • Exemplo: O ataque WannaCry em 2017 explorou uma vulnerabilidade do Windows para a qual já existia patch — mas muitas empresas não o tinham instalado.

4. Autenticação Multifator (MFA) e Políticas de Acesso

  • MFA exige pelo menos dois fatores (password + SMS/app de autenticação).
  • Princípio do Menor Privilégio: Utilizadores só têm acesso ao estritamente necessário.

5. Backup e Plano de Recuperação de Desastres (DRP)

  • Regra 3-2-1: 3 cópias dos dados, em 2 tipos de media, com 1 cópia offline.
  • Testes regulares: Garantir que os backups são recuperáveis.

Formação em Cibersegurança: A Arma Mais Poderosa

A tecnologia evolui, e os cibercriminosos também. Profissionais qualificados são a melhor defesa.

Certificações Essenciais

Estas são as certificações essenciais e qual o foco de cada uma delas:

  • CCNA (Cisco) –» Redes e infraestrutura
  • CompTIA Security+ –» Fundamentos de segurança
  • CEH (Ethical Hacker) –» Técnicas ofensivas para defesa
  • CISSP –» Gestão avançada de segurança

Por Que Especializar-se?

  • Procura crescente: Portugal precisa de +30% profissionais de cibersegurança até 2025 (ACSSI).
  • Salários competitivos: Especialistas ganham entre €35.000 e €80.000 anuais.

Outros artigos:

Segurança Não é um Custo, é uma Necessidade

Num cenário onde um único ciberataque pode custar milhões e manchar a reputação de uma empresa, investir em redes seguras e equipas qualificadas não é opcional.

A cibersegurança é um ciclo contínuo: avaliar riscos, implementar defesas, testar vulnerabilidades e repetir. E com a Tokio School, podes dar os primeiros passos (ou aprofundar conhecimentos) nesta área crucial.

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